A todo instante devemos nos sentir convocados a refletir sobre a Mulher.
A
Mulher que na sociedade em que vivemos ainda sofre imensamente com as
discriminações e as explorações em casa, no trabalho e até mesmo nos
grupos que compõem a chamada sociedade organizada.
Vista
ou propagada muitas vezes (nos grandes veículos de comunicação, redes
sociais ou propagandas), como símbolo ou objeto sexual, sendo vítima do
extremo machismo que desrespeita, assedia e agride, ou ainda da
selvageria dos
que violam, estupram e matam.
Ela
ainda é vista por alguns como frágil, muitas vezes desprezada,
esquecida e marginalizada por uma estrutura social injusta e desumana.
No
passar dos séculos e principalmente das décadas mais recentes, as
mulheres têm buscado, e conquistado espaços significativos na sociedade,
ocupando funções e desenvolvendo atividades antes reservadas apenas aos
homens.
No
entanto, tudo isto ainda é insuficiente, pois, não se trata de (na
visão machista) “dar espaço às mulheres”, como se fosse uma concessão
dos homens ou da sociedade, e não como um direito legítimo enquanto ser
humano, conquistado através de muitas lutas.
Para
que haja na verdade o respeito aos direitos da mulher enquanto pessoa e
ser humano que é, teremos que ir muito além dos limites atuais, romper
com as amarras do conservadorismo e da discriminação, criados desde
tempos passados, destruir as injustiças existentes nesta sociedade,
vencer nossos preconceitos enraizados na nossa formação e impregnados em
nossa cultura.
A
plenitude desta conquista virá com o surgimento de uma sociedade,
baseada na justiça, na igualdade, na solidariedade e na democracia; onde o homem não veja a mulher como
objeto de satisfação dos seus “desejos”, que seja capaz de conviver com a
mulher como uma companheira e não como escrava ou empregada; um novo
homem capaz de amar, capaz de expressar os gestos mais puros e sinceros;
quando a mulher também entender e decidir que não deve permitir que seja usada, que não deve
ser peça descartável, que não deve se vender ou submeter-se, que deve
lutar e exigir o reconhecimento de seus valores; quando homem e mulher
compreenderem que todos devem ser iguais em direitos e deveres, e que um
não é superior ao outro.
Somente assim, com uma mudança total, viveremos o nascimento de uma Nova Mulher, verdadeiramente Livre, Independente e Feliz.
Uma
saudação especial a todas as mulheres, mães, esposas, amantes,
companheiras, guerreiras, guerrilheiras, a estas Marias/Mulheres que são
“um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... uma mulher que
merece viver e amar como todas as pessoas do planeta”.
Até a vitória sempre!!
Mulher!!