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sábado, 27 de maio de 2017

Instituto Raízes participa de Seminário sobre Povos Tradicionais de Floresta/PE

Libânio Neto, falando sobre o trabalho do Instituto em Floresta/PE (Foto: Kêco Cavalcante)

Na última terça-feira, dia 23 de maio, o Instituto Cultural Raízes participou do 1º Seminário de Acolhimento aos Povos e Comunidades Tradicionais de Floresta/PE, realizado pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, e da Secretaria de Políticas da Mulher.

O evento contou ainda com o apoio e a participação da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco.

Foram realizadas palestras sobre os seguintes temas:
- Importância da Lei nº 10.639, feita pelo Mestre Lepê Correia;
- Políticas Educacionais dos Povos Indígenas, feita pela Profª Elizângela Nascimento;
- Políticas de atenção as Mulheres de Comunidades e Povos Tradicionais, por Silvia Cordeiro;
- Povos Quilombolas de Floresta, feita pelo Profº João Luiz da Silva, do IF Sertão/PE.

Etnia Indígena Pipipã de Floresta/PE (Foto: Kêco Cavalcante)

A Etnia Indígena Pipipã de Floresta/PE, liderada pelo Cacique Valdemir, participou com as apresentações do Toré, trazendo para o evento o conteúdo da tradição e espiritualidade da cultura indígena.

Grupo Sou da Terra (Foto: Kêco Cavalcante)

O Instituto Cultural Raízes, também foi destaque no evento apresentando o Grupo Sou da Terra, que levou aos presentes na forma percussiva e cantada, músicas e toadas de influência Banto na Cultura Afrobrasileira e especialmente afropernambucana, expressadas no Maracatu de Baque Virado e no Coco de Roda.

Mestre Lepê Correia, cantando Afoxé junto com o Grupo Sou da Terra (Foto: Kêco Cavalcante) 

Um momento de muito Axé e grande emoção, foi a participação do Mestre Lepê Correia, junto com o Grupo Sou da Terra, cantando Afoxé e contagiando os presentes com uma das mais fortes expressões e tradições dos povos de Matriz Africana.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Manifestação Pública em Floresta/PE contra Temer e a favor das Diretas Já

Floresta solta o Grito: FORA TEMER e ELEIÇÕES DIRETAS JÁ!

Nessa quarta-feira dia 24 de maio, realizou-se importante manifestação pública pelas ruas de Floresta/PE, seguindo o calendário de lutas em nível nacional, pelo Fora Temer e por Eleições Diretas Já, bem como contra as Reformas Trabalhista e da Previdência.

Concentração no Posto Trevo

A concentração ocorreu no Posto Trevo, reunindo várias lideranças e militantes dos 11 Sindicatos de Trabalhadores Rurais do Polo Sindical do Submédio São Francisco, MST-Movimento dos Sem Terra, Pastorais Sociais da Diocese de Floresta, como a Pastoral da Criança, Pastoral do Menor e Pastoral dos Pescadores, Associação Provida, Comunidades Quilombolas de Floresta, Itacuruba e Petrolândia, CUT/PE, SINTEPE, Sindicato dos Servidores de Floresta, Colônia de Pescadores, Associações de Pequenos Agricultores, representações indígenas e o Instituto Cultural Raízes.

Dom Gabriel Marchesi, Bispo da Diocese de Floresta falando aos participantes

Nas falas das lideranças a expressão da necessidade de se permanecer na luta e nas ruas para barrar as reformas antipopulares, especialmente as reformas trabalhista e previdenciária e a necessidade imediata da saída de Temer e a convocação de Eleições Diretas Já.

Também falou aos participantes o Bispo da Diocese de Floresta, Dom Gabriel Marchesi, que enfatizou a posição da CNBB-Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, contrária as reformas que retiram direitos sociais já conquistados e em favor da democracia.


A manifestação seguiu pelas principais ruas de Floresta, animada pela percussão do Instituto Cultural Raízes, com os ritmos do Afoxé e do Maracatu, ecoando as vozes de FORA TEMER e DIRETAS JÁ!

Nas paradas que se realizaram, lideranças se revezaram nos discursos contra as reformas, pela saída de Temer e em favor das Diretas Já, enquanto os grupos culturais do Instituto Raízes e da Associação Quilombola da Borda do Lago de Petrolândia, realizaram apresentações mostrando que a cultura está aliada a luta dos trabalhadores e dos povos oprimidos.

O Ato foi encerrado em frente a Prefeitura de Floresta, no sítio histórico do município. 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Padre Luciano visita o Instituto Raízes


No último sábado dia 13 de maio, o Instituto Cultural Raízes recebeu a visita do Padre Luciano Aguiar, responsável pelas Pastorais Sociais da Diocese de Floresta.

O Padre Luciano foi recebido pela equipe de Coordenação do Instituto Raízes e presenciou o início do ensaio de Maracatu realizado pelas crianças, adolescentes e jovens do Instituto.


No diálogo mantido, tratou-se da possibilidade de realização de várias ações em parceria das Pastorais Sociais com o Instituto Raízes, no sentido de atender a crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social e humana.


De acordo com Libânio Neto, Diretor Presidente do Instituto Raízes, "foi muito importante recebermos a visita do Padre Luciano, com o intuito de conhecer de perto nosso trabalho e de podermos realizar ações conjuntas, somando experiências e vivências no sentido de proporcionar uma oportunidade diferenciada para crianças e adolescentes viverem longe das drogas e de outras situações de risco".

sábado, 13 de maio de 2017

Por que os negros não comemoram o 13 de maio, dia da abolição da escravatura?



A Lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravidão no Brasil, foi assinada em 13 de maio de 1888. A data, no entanto, não é comemorada pelo movimento negro. A razão é o tratamento dispensado aos que se tornaram ex-escravos no País. “Naquele momento, faltou criar as condições para que a população negra pudesse ter um tipo de inserção mais digna na sociedade”, disse Luiza Bairros, ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Após o fim da escravidão, de acordo com o sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995), em sua obra “A integração do negro na sociedade de classes”, de 1964, as classes dominantes não contribuíram para a inserção dos ex-escravos no novo formato de trabalho.

“Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumisse encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho”, diz o texto.
De acordo com a Bairros, houve, então, um debate sobre a necessidade de prover algum recurso à população recém-saída da condição de escrava. Esse recurso, que seria o acesso à terra, importante para que as famílias iniciassem uma nova vida, não foi concedido aos negros. Mesmo o já precário espaço no mercado de trabalho que era ocupado por essa população passou a ser destinado a trabalhadores brancos ou estrangeiros, conforme Luiza Bairros.
Integrante da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Alexandre Braga explica que “O 13 de maio entrou para o calendário da história do país, então não tem como negar o fato. Agora, para o movimento negro, essa data é algo a ser reelaborado, porque houve uma abolição formal, mas os negros continuaram excluídos do processo social”.
“Essa data é, desde o início dos anos 80, considerada pelo movimento negro como um dia nacional de luta contra o racismo. Exatamente para chamar atenção da sociedade para mostrar que a abolição legal da escravidão não garantiu condições reais de participação na sociedade para a população negra no Brasil”, completou a ex-ministra.
Inclusão do negro ainda é meta
Apesar dessas políticas, tanto a ex-ministra quanto Braga entendem que ainda há muito por fazer.
O representante da Unegro cita algumas das expressões do racismo e da desigualdade, no país: “No Congresso, menos de 9% dos parlamentares são negros, enquanto que a população que se declara negra, no Brasil, chega a 51%. Estamos vendo também manifestações de racismo nos esportes, principalmente no futebol. Ainda temos muito a caminhar”.
“Ainda estamos tentando recuperar a forma traumática como essa abolição aconteceu, deixando a população negra à sua própria sorte. Como os negros partiram de um patamar muito baixo, teremos que acelerar esse processo com ações afirmativas, para que possamos sentir uma diminuição mais significativa das desigualdades”, explicou Bairros.