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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Música de Luiz Gonzaga permanece mais viva do que nunca



Embora seja mais associado à cultura nordestina de forma geral do que, especificamente, às tradições afro-brasileiras, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, era um artista negro e sua música trazia essa influência. Nesta quarta-feira, 2 de agosto, completaram-se 28 anos de sua morte, enquanto a arte dele permanece mais viva do que nunca.

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, em uma casa de barro, no povoado de Araripe, no município pernambucano de Exu. Era filho do casal Ana Batista de Jesus Gonzaga do Nascimento e de Januário José dos Santos do Nascimento.

Foi com o pai, sanfoneiro nas horas vagas, que Luiz Gonzaga aprendeu o instrumento que o consagraria. Anos mais tarde, o mentor musical do Rei do Baião recebeu homenagem na música Respeita Januário. Também com o pai, Gonzagão passou a tocar na adolescência, em bailes, forrós e feiras.

Antes da fama, Luiz Gonzaga serviu o Exército, do qual saiu em 1939, já morando no Rio de Janeiro. No início da carreira, incluía em seu repertório choros, sambas, música estrangeira e outros gêneros.

O sucesso veio em 1941, quando apresentou no programa de rádio de Ary Barroso a música Vira e Mexe, de sua autoria e com ares regionais. O sucesso rendeu um contrato com a gravadora RCA Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais.

Nos primeiros anos de sanfoneiro profissional, Luiz Gonzaga tocava de paletó e gravata. Contratado pela Rádio Nacional, conheceu na emissora o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que vestia trajes típicos do Rio Grande do Sul. Daí, surgiu a idéia de fazer shows vestido de vaqueiro, figurino que eternizou sua imagem.

Em 1947, Luiz Gonzaga lançou Asa Branca, seu maior sucesso, que fala do sofrimento do sertanejo, vítima da seca impiedosa. Compôs a canção em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira. No entanto, outras gravações suas entraram para a memória do imaginário popular brasileiro, como Xote das Meninas, Qui nem Jiló, Pagode Russo, A Vida do Viajante e Baião de Dois.

Dono do famoso título de Rei do Baião, O Velho Lua, como também o chamavam, divulgou este gênero por todo o Brasil. O folclorista Câmara Cascudo registra no estilo uma “inconsciente influência” do samba e das congas cubanas. Luiz Gonzaga ajudou a popularizar outros ritmos nordestinos, como o xote, o xaxado e o forró. Luiz Gonzaga, vale lembrar, é pai do cantor e compositor Gonzaguinha.

Nos últimos anos, Gonzagão sofreu de osteoporose, doença que atinge os ossos. Morreu no dia 2 de agosto de 1989, aos 76 anos, no Recife, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Quase três décadas após sua partida, Luiz Gonzaga continua sendo um dos artistas brasileiros mais influentes. Na fonte de sua música, beberam nomes tão variados quanto Sivuca, Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Novos Baianos, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marisa Monte, Tom Zé, Chico Science & Nação Zumbi, Zeca Baleiro, Fagner, Gal Costa, Maria Bethânia, Carlos Malta e tantos outros.


Fonte: texto retirado do site da Fundação Palmares.

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