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domingo, 24 de janeiro de 2021

Ao Mestre e amigo com toda a honra e louvor

 

16 de outubro de 2001, Comunidade do Jardim I

Era um domingo, dia 16 de outubro de 2011, após um contato inicial, chegávamos à Comunidade do Jardim, na casa do saudoso Sr. Diocleciano e Dona Dudita (Maria Honorina de Jesus Lima), pais do amigo Zé Neto.

O Instituto Cultural Raízes estava dando início ao registro da Dança do São Gonçalo, a partir da Comunidade da Malhada Vermelha do Pajeú e foi assim que tomamos conhecimento da existência da tradição na Comunidade do Jardim I.

Fomos muito bem recebidos por Zé Neto e todos os seus familiares, que iam chegando da vizinhança para fazer o São Gonçalo.

Após o café, enquanto uma equipe de mulheres preparava o almoço, iniciou-se a sequência das Rodas de São Gonçalo. De início poucas pessoas começaram a dançar, daí a pouco, foi juntando mais e mais gente, constituindo uma sequência de imagens impressionantes de fé e de alegria.

Foram 12 rodas da promessa e mais uma roda extra para todas e todos, livre.

As mulheres, a partir de Dona Dudita, puxavam os cantos enquanto Zé Neto na sanfona, João (seu irmão na zabumba, além de Expedito (Maêta), também irmão de Zé Neto no triângulo e  no pandeiro José, davam a sonoridade característica da forma de tocar o São Gonçalo, própria de Zé Neto e João.

Zé Neto, tocando o São Gonçalo em Fevereiro de 2012

Já em 12 de fevereiro de 2012, nos encontrávamos novamente na Comunidade do Jardim I, para o 2º Encontro de Tradições Culturais das Comunidades Rurais de Floresta, promovido pelo Instituto Cultural Raízes.

Desta vez, com a presença dos(as) dançadores(as) de São Gonçalo da Malhada Vermelha entre outros grupos convidados, à exemplo do Grupo Dandara e da Comunidade Quilombola de Floresta.

Ainda em outro momento, no dia 11 de março de 2012, nos encontrávamos novamente para atividades do Projeto Juventude e Cultura, realizado pelo Instituto Cultural Raízes em parceria com o Instituto da Juventude, aonde após realizarmos oficinas de percussão e danças com os(as) jovens locais, concluímos as atividades do dia com a Dança do São Gonçalo.

Daí em diante, em vários momentos nos encontrávamos em Floresta e, Zé Neto sempre com a mesma alegria e a forma acolhedora com que me tratava, conversávamos sobre a possibilidade de voltarmos a fazer as visitas às Comunidades Rurais.

Havíamos combinado de nos acertarmos para o ano de 2020, más ai veio a pandemia e nos impediu e, agora nesse último dia 16 de janeiro de 2021 vem a triste notícia de sua partida repentina, que nos entristece a todos(as).

Por certo, em outro mundo, o espiritual, Zé Neto chegou, pegou uma sanfona e começou uma Roda de São Gonçalo, contando com a participação do seu velho pai, seu Diocleciano.

Aqui, ficaremos com a saudade sincera e a falta de sua presença física, animando às comunidades ao tocar o São Gonçalo.

Enquanto vida tivermos, não esqueceremos seu papel histórico e humano na preservação de uma tradição tão significa e importante para a vida de muitas comunidades.

Libânio FranciscoDiretor Presidente do Instituto Cultural Raízes

Acrescentamos aqui, mais duas fotos recordando momentos alegres de Zé Neto, em meio às atividades sempre fazíamos umas brincadeiras ou contávamos uma piada, tudo num clima de camaradagem e amizade.



Anexamos também o link do vídeo em homenagem a Zé Neto, editado pela TV Raízes da Cultura, onde ao final ele encerra a Roda de São Gonçalo se dirigindo a minha pessoa. 

A seguir, encontra-se também dois vídeos editados especialmente para este site, também em homenagem ao amigo e Mestre, Zé Neto.


Notar de Pesar


O Instituto Cultural Raízes, vem através desta expressar seus mais sinceros sentimentos e pesares pelo falecimento do Sr. JOSÉ PEDRO NETO, ou ZÉ NETO, como assim era conhecido por todos, ocorrido na manhã do último dia 16 de janeiro de 2021.

Nos irmanamos neste momento de dor e de perda a todos(as) os(as) seus familiares e amigos e a todos que fazem a Comunidade do Jardim I.

Zé Neto é um dos principais referenciais de uma das mais importantes tradições populares, mantidas pelas Comunidades Rurais, Quilombolas e Indígenas da região que é a Dança do São Gonçalo. Mistura de fé e cultura popular presentes numa forte devoção alimentada pela nossa gente.

Ficará em nossas recordações e na história, sua característica própria de tocar/puxar o São Gonçalo, com sua sanfona verde, sua forma de acolher os visitantes e amigos e a alegria que sempre expressava para todos(as).

Que nosso Deus, o Deus de nossos ancestrais receba seu espírito e lhe conceda a paz eterna.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Nota de Pesar



O Instituto Cultural Raízes e a Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú, irmanados nos sentimentos de pesar e de luto de todos(as) que fazem a Confraria do Rosário de Floresta, vem de público manifestar seus pêsames pelo falecimento da Sra. Ursulina Maria de Souza, popularmente conhecida por Sulina, ocorrido no último sábado dia 16 de janeiro de 2021.

Sulina, era uma integrante histórica da Confraria do Rosário de Floresta e, cumpria o papel de ser a Juíza do Rei. Era na casa dela que o Rei era vestido e coroado e, após servido um breve café, saia em cortejo até a casa da Confraria do Rosário para ali encontrar a Rainha e dar seguimento a celebração do dia dedicado à Confraria do Rosário, na programação festiva e religiosa do Padroeiro de Floresta, o Bom Jesus dos Aflitos.

Que o Deus de nossos ancestrais a receba em sua morada infinita.

A nós, cabe a homenagem e as recordações de sua trajetória em vida, a qual a torna inesquecível em nosso meio e em nossa caminhada.

Assinam a Nota de Pesar:

Josefa Guiomar - Presidente da Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú
Libânio Francisco - Presidente do Instituto Cultural Raízes

A lembrança de um sorriso

 

Um sorriso inesquecível

Era, se não me falhe a memória, um dia de terça ou quarta-feira do início de março de 2012, quando Mônica, chegou na sede do Instituto Raízes à procura de sua (nossa) amiga Cidinha.

De imediato causou uma impressão positiva, pois havia um enorme brilho, presente na simplicidade de ser daquela menina.

No decorrer da semana, lhe fiz o convite para incorporar nossa equipe que iria passar o domingo na Fazenda Jardim I, na zona rural de Floresta/PE, para realizar oficinas de Maracatu de Baque Virado e Danças, com os(as) jovens locais.

Estávamos na época realizando o Projeto Afrobatuque, incorporando também o Projeto Juventude e Cultura, em parceria com o Instituto da Juventude.


Durante o dia daquele 11 de março de 2012, me encantou aquela alegria presente naquela menina, "galêga" que buscava participar de todas as atividades, trazendo um sorriso, uma alegria, de alguém já marcada pela dureza da vida, ao perder seu pai, ainda quando criança e, que mesmo assim, transmitia paz e alegria para as pessoas presentes.

Esse 11 de março, marcou uma conquista, a de um sorriso capaz de acolher e de encantar aos demais.

A partir de então, Mônica se incorporou à equipe do Instituto Cultural Raízes, bem como na equipe do Instituto da Juventude.

Foram cinco anos de convivência intensa, de aprendizados vários, de alegrias e realizações. Conquistou nossa total confiança, o carinho e o amor de todos nós, das crianças aos(as) demais diretores(as).

Pude acompanhar diretamente nesse período de convivência, sua evolução e sua luta junto com Cidinha, para concluir o curso na Faculdade, dando essa alegria aos seus familiares.


E agora?

Agora, já não temos mais sua presença física entre nós, já não temos mais seu jeito carinhoso, suas brincadeiras, sua alegria.

Nos restou uma saudade cortante, com o gosto amargo da partida. Más, também ficou (em meio às lágrimas inevitáveis das recordações) a lembrança de todos os momentos intensos e maravilhosos vividos entre nós.

Mônica, está e estará presente sim, nas nossas recordações, nas imagens de um dos melhores tempos, que foram vividos.

Que seu espírito repouse em paz e que possamos sempre nos reencontrar. 

Por aqui, tem uma dor de saudade, tem um vazio da não presença física, principalmente quando encontramos sua presença nas fotos e vídeos que registram as atividades daquele período. Más tem também a certeza de que o pouco e intenso tempo de convivência, marcou para sempre nossa existência.

Para Mônica Santos Alves ! Presente ! Hoje e sempre !

Libânio Francisco

Diretor Presidente do Instituto Cultural Raízes



Vídeo com fotos tiradas no dia 11/03/2012

Vídeo com fotos de vários momentos em atividades do Instituto Cultural Raízes

Vídeo de fotos de vários momentos de Mônica em convivência conosco


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

2 anos de Luto, Dor e Tristeza, por uma perda irreparável

 


Há dois anos, no início daquela noite uma imensa tristeza e um profundo pesar tomou conta de todos nós, ao sabermos do falecimento de Mônica Santos Alves, integrante da Diretoria Executiva do Instituto Cultural Raízes.

Sua partida de forma repentina e inesperada, nos pegou a todos(as) de surpresa, causando imensa dor, face à tamanha e irreparável perda.

A história de Mônica entre nós do Instituto Raízes, teve início ainda no primeiro semestre de 2012 e foi marcada por sua característica alegre, divertida, participativa e dedicada, que nos cativou e conquistou o carinho e a atenção de todos(as) que tivemos o privilégio da sua convivência.

Menina cheia de vida e de sonhos, que buscava vencer os desafios da vida de forma digna e exemplar.

Um ano depois, continua faltando palavras para descrever todo o sentimento de tristeza que toma conta de cada um(a) de nós em um momento como este.

Continuam as dúvidas e as perguntas: falta de atenção médica desde o primeiro atendimento? negligência médica e hospitalar? teria dado tempo salvar sua vida, caso as providências necessárias fossem tomadas à tempo?

Resta-nos, mesmo indignados(as), buscar forças para suportar a dor e para administrar a saudade e a falta do seu sorriso.

Nossos mais sinceros sentimentos a todos os seus familiares e em especial a Dona Fátima, sua mãe, cuja dor é incalculável.

Mônica, estará sempre presente em nossa memória.

Mensagem da Diretoria do Instituto Cultural Raízes. 

Instituto Raízes consolida sua Rede de Arte e Cultura


No dia 1º de janeiro de 2021, o Instituto Cultural Raízes, deu mais um passo importante no seu histórico de atuação nas áreas da arte e da cultura.

Trata-se da consolidação da Rede de Arte e Cultura da entidade, que reúne os Projetos Consciência Negra e Arte Vida; os Grupos Culturais Maracatu Afrobatuque, Afoxé Filhos de N'Zambi, Sou da Terra, Afro Mulher e Axé de Ilê; o Ponto de Cultura Afrobatuque - Tambores da Resistência e Projeto de Comunicação Alternativa TV RAÍZES DA CULTURA e Raízes Notícias.

O fortalecimento da atuação do Instituto Raízes, com a composição da referida rede, coloca a entidade como principal instituição de Cultura Popular em Floresta e região.