O Maracatu é uma das mais antigas, e belas, tradições da cultura popular do Estado de Pernambuco, e tem oficialmente sua comemoração no dia 1.º de Agosto. A data dedicada ao folguedo homenageia também o nascimento do Mestre Luiz de França, do Maracatu Leão Coroado, eleito Patrimônio Vivo de Pernambuco pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco.
O Maracatu, ou Cambinda, é um cortejo, dança dramática, que reinterpreta o Império Português e as Reinages Francesas, instituições tradicionais da realeza europeia que coroavam anualmente seus Reis, convergindo às tradições Africanas. Derivada das nações do Rei do Congo, criada em meados do século XVII, tinha por finalidade executar a parte administrativa, e o Alto do Congo representava teatro, música e dança. Os escravos coroavam seus Reis e Rainhas de fronte à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, na Cidade do Recife.
Africanos trazidos para o Brasil reproduziam gestos da nobreza europeia para mostrar a sua força e seu poder, apesar da escravidão. Viajantes do século XVIII já narravam os desfiles destas cortes e as coroações de soberanos do Congo e de Angola no pátio da Igreja do Rosário dos Pretos, no Recife. A palavra maracatu era usada, até o século XIX, para designar qualquer ajuntamento de negros. Pouco a pouco passou a ser empregada para os cortejos de Reis Africanos.
A Lei Estadual n.º 11.506, datada de 22 de dezembro de 1997, instituiu em Pernambuco o dia 1.º de Agosto como Dia Estadual do Maracatu, revogando as disposições em contrário.
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