domingo, 9 de junho de 2019

Começa a ser formada a Pastoral Afrobrasileira na Diocese de Floresta PE

Padre João Deoclécio, Irmã Lourdes Braz e Libânio Neto
O dia 5 de maio de 2019, data em que se realizou o 1º Encontro das Comunidades Quilombolas de Inajá (fruto de uma parceria entre a Paróquia de Inajá, as Comunidades Quilombolas e o Instituto Cultural Raízes), marcou também o início da caminhada de construção da Pastoral Afrobrasileira na Diocese de Floresta.

O exemplo de construção do encontro, por parte do Padre João Deoclécio e da Irmã Lourdes Braz, em conjunto com as lideranças das comunidades e o acompanhamento do Presidente do Instituto Cultural Raízes, Libânio Neto, representou de forma concreta a possibilidade de dar prosseguimento à construção de mais uma pastoral social no âmbito da Diocese.

A necessidade de se construir a Pastoral Afrobrasileira na Diocese de Floresta tornou-se cada vez mais evidente a partir da quantidade de Comunidades Quilombolas existentes no território de atuação da Diocese e é uma das preocupações prioritárias do Bispo Diocesano, Dom Gabriel Marchesi.

O que é a Pastoral AFRO - BRASILEIRA 

A pastoral afro-brasileira na Igreja do Brasil, surgiu como consequência de um longo processo de conscientização e militância de gerações de negros e negras, que assumiram viver sua fé e sua negritude. 

A preocupação com o povo Negro Católico brasileiro, é algo que vem de longa data, especialmente a partir das conclusões do Concílio Vaticano II, que apresentou a imagem de Igreja Povo de Deus, seguidas pelos Documentos Latino- Americanos (Medellin, Puebla, Santo Domingo). 

Ressaltam eles, a opção preferencial da Igreja pelos pobres, considerados em sua condição de excluídos de cidadania plena e na importância de seus valores culturais e religiosos, no processo de renovação e inculturação da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. 

Objetivos 

> sensibilizar a Igreja para o conhecimento das questões afro-brasileiras; animar os grupos negros católicos existentes; 
> incentivar o surgimento de novos grupos que buscam sua identidade numa sociedade e Igreja plurais; 
> animar as comunidades, proporcionando a vivência da rica herança e experiência da reflexão pastoral nas comunidades negras afrobrasileiras, para aprofundar a superação de todos os preconceitos, discriminações, reconhecendo os valores religiosos e tradicionais da cultura africana; 
> despertar vocações, dentro da espiritualidade e mística afro-brasileira, através do diálogo inter-religioso com as diversas religiões de matriz africana; 
> empreender ações solidárias dentro dos objetivos da ação evangelizadora na nossa sociedade injusta, visando a superação das desigualdades, da exclusão social, da miséria e da violência contra o povo negro, através de políticas públicas que favoreçam a inclusão social e o reconhecimento dos direitos das populações afrodescendentes.

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